quarta-feira, 5 de setembro de 2012

A ESCOLA QUE DESEJAMOS E SEUS DESAFIOS


A ESCOLA QUE DESEJAMOS E SEUS DESAFIOS, de José Manuel Moran

Esse texto relata nossa atualidade: alunos que já tem acesso a tecnologia desde muito pequenos. Com isso, a escola deve ter profissionais que consigam “lidar” com essas crianças “tão cheias de informações”.
Em nossa realidade, o que os alunos esperam são professores que transmitam os conteúdos de maneira criativa, que haja menos “blá blá blá” e mais informações, mas estas não devem se ater somente a livros, cadernos, sala de aula, mas sim ao computador, jogos pertinentes à matéria em estudo, Internet, sala de bate papo, etc.
Nota-se que, quando um professor prepara sua aula de modo diferenciado, os alunos se interessam muito mais e a aula se torna muito mais proveitosa e produtiva e ao final, na hora da avaliação, pode-se observar uma surpreendente assimilação do conteúdo.
Miccheli S. B. Burzlaff

O CONTEXTO SOCIAL


De acordo com MORAN (Para onde caminhamos na educação - José Manuel Moran,)  Para onde caminhamos na educação: “Todas as sociedades educam, transmitem seus valores tradicionais e uma visão de futuro. Como será feito isto concretamente daqui a vinte ou trinta anos, não o sabemos.” (Disponível em: http://www.eca.usp.br/prof/moran/caminhamos.pdf, acesso em julho/2012).


Ou seja, de acordo com o pensamento acima, fica evidente que cada sociedade transmite seus valores, e que tais valores são frutos de nossa tradição. Diante disso, como vivemos em uma sociedade altamente capitalista, os valores obviamente obedecem ao pensamento capitalista. Portanto, a família e a escola, assim como os diversos segmentos de uma sociedade obedecem a essa concepção.

Logo, os cidadãos de nossa sociedade consideram-se felizes quando conseguem atender aos requisitos dessa sociedade. Nesse sentido, somos ensinados a querer o carro, a casa, a roupa que o sistema capitalista impõe como norma, como padrão. Além disso, queremos ter a profissão valorizada pelo capitalismo. Ou seja, queremos status, queremos ter o título de doutor (médico, advogado, engenheiro, etc.).

Por isso, a sociedade vive no paradigma de estar preocupada em manter os padrões do sistema capitalista e está se esquecendo de transmitir valores aos indivíduos. Talvez esses valores estão sendo até transmitidos; no entanto, não da maneira correta.

Quando menciono valores, enfatizo o valor à família, à honestidade e à vida. Precisamos discutir mais esses conceitos e esses conhecimentos.

Nossas escolas transmitem muito bem os conteúdos curriculares. No entanto, precisamos valorizar mais os valores supracitados e formar cidadãos verdadeiramente cônscios de seus direitos e cumpridores de seus deveres. Essa é nossa principal tarefa para este século, bem como para os tempos vindouros.

Diante de tudo isso, se nenhuma mudança for concebida em nossa concepção de mundo, o futuro de nossa sociedade será obscuro e caminharemos decididamente para o caos.

É o que penso.


Gilberto Nunes Melo

Laranja da Terra/ES